A ostra
- Isabela Brito
- há 3 dias
- 1 min de leitura
É realmente como dizem sobre os diamantes, quando o sofrimento aperta de verdade, algo único sai dali, seja sobre arte ou desenvolvimento humano. Se espreme pra retirar todo sabor, o néctar. Puro e singelo. Algo que talvez não devesse sair dali, ser preservado. Protegido.
É extraído, usufruído.
Único.
Usado como moeda de troca. Valioso.
Nem todas as pessoas conseguem olhar pra dentro de si e rever nas suas entranhas, o que de melhor tem pra oferecer. Lapidar seu próprio diamante, moldar sua ostra. Demanda tempo e disponibilidade.
É abrir mão do pouco, pra algo maios acontecer. Seja física ou psicologicamente, desenvolver seu máximo.
Chegar no fim da vida e perceber que tudo que faz/fez sentido. Se orgulhar.
Conseguir olhar de fora da concha.
Colocar valor físico naquilo que é inestimável. Analisar calorosamente os passos e sentir que valeu a pens, segurar o choro. Deixar o grito guardado na goela. Apertar as unhas nas mãos.
Desenvolver o controle sobre si perante as atrocidades exteriores. Folear suas páginas.
Numerar e nomear cada ruptura nas frestas do próprio pensamento. Se sabotar. Se enganar.
A troco de quê?
Ser indestrutível; Brilhar.
Ser notado, diferenciado. Vale a pena.
Adaptar seu valor perante o olhar alheio e ser validado por sua força?
Comentários